35 anos de vida artística: Parabéns à Orquestra Experimental de Repertório

 


A Orquestra Experimental de Repertório chega aos seus 35 anos de existência. Idealizada por um maestro de gabarito, formado inicialmente em Piracicaba, estado de São Paulo, Jamil Maluf é um maestro, regente e diretor musical brasileiro, reconhecido por sua atuação destacada na cena orquestral do país. Nascido em Piracicaba, Estado de São Paulo, em 1955, estudou regência na Escola Superior de Música da Alemanha, além de ter formação também em piano e composição. Ao longo de sua carreira, destacou-se pela versatilidade e pelo envolvimento com diferentes repertórios, incluindo música erudita, contemporânea e brasileira. Regeu várias óperas ao longo de sua permanência nessa orquestra e também à frente da OSM, no Theatro Municipal de São Paulo. 

Foi diretor artístico e regente titular da Orquestra Experimental de Repertório (OER), que fundou em 1990 com o objetivo de preparar jovens músicos para o mercado profissional. Sob sua liderança, a OER tornou-se uma das orquestras mais respeitadas do Brasil, conhecida tanto por sua qualidade técnica quanto pela ousadia na escolha de repertório.

Maluf também ocupou cargos de direção em importantes instituições musicais, como o Theatro Municipal de São Paulo, e regente titular e maestro titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, e é conhecido por seu papel na formação de novas gerações de músicos e regentes. Ao longo de sua trajetória, colaborou com grandes solistas e regeu orquestras no Brasil e no exterior, consolidando-se como uma figura central na música clássica brasileira.

O atual maestro Wagner Polistchuk escolheu para comemorar essa efeméride a execução da Sinfonia nº 5,  de Gustav Mahler cuja orquestração inclui três flautas e (piccolo); dois oboés e um cornê-inglês, três clarinetes e clarone, três fagotes com um contrafagote, 4 trompas, 4 trompetes, 4 trombones, (um trombone baixo)  e contra-bass-tuba, harpa e o quinteto de cordas usual. Tímbales, bombo, pratos, caixa-rasa etc. A apresentação será domingo (15/6) às 11H00 da manhã. (Theatro Municipal). 

Poderíamos dizer que a sua Quinta e Sextas Sinfonia, com toda a sua excursão pelo domínio da "música absoluta", com prolongados desenvolvimentos e transformações de caráter temático, são bem-sucedidas por que ainda te adaptam à concepção do mundo. O que não significa negar que a Sétima Sinfonia contenha música que olha para o futuro, de grande poder e interesse. O estudo da estrutura temática da Quinta Sinfonia (1902) revela imediatamente formas familiares com o compositor e a estas tendem a voltar sempre mais na obra posterior de Mahler. O famoso adágio para harpa e cordas (Adagietto), algumas vezes retirado do contexto e tocado como  peça independente, inclusive o Balé da Cidade de São Paulo já coreografou uma peça sob a trilha sonora do adagietto da Quinta Sinfonia de Mahler. É provavelmente o trecho mais conhecido na obra de Mahler. Tem sido usado frequentemente como música incidental para filmes e novelas radiofônicas, filmes em momentos de tristeza romântica.  Há muita inflexão dramática no tema principal, que, entretanto, lança-se de vez em quando em vastos círculos apoiados por solenes tríades diatônicas. 

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